quinta-feira, 26 de junho de 2008

INTEMPERISMO

Como definiria INTEMPERISMO ?
Alguns tendem a confundir intemperismo com erosão, por não perceberem quais são as diferenças que existem entre estes dois processos.INTEMPERISMO é o processo pelo qual as rochas da superfície terrestre são alteradas ou levadas a se desintegrar pela ação do vento, da água, do clima, ou ainda, por reações químicas ou biológicas.EROSÃO envolve o transporte de substâncias fragmentadas de um local para outro, já o intemperismo ocorre em um local não havendo transporte de substâncias fragmentadas, necessitando, assim, da erosão para transporte. Pode-se dividir o intemperismo em duas partes: I
NTEMPERISMO MECÂNICO, INTEMPERISMO QUÍMICO e INTEMPERISMO BIOLÓGICO. INTEMPERISMO MECÂNICO é a forma mais comum de intemperismo, sendo causada pela aplicação de várias forças físicas, que causam a desintegração de rochas em pedaços menores. A característica principal deste tipo de intemperismo, é que nenhum dos componentes da rocha é decomposto quimicamente, não havendo, assim, decomposição. Podemos citar como exemplo as mudanças de temperatura, que causam a expansão e retração da rocha. Permitindo que haja fendas nas rochas, resultando em sua separação em lâminas ou escamas.
INTEMPERISMO QUÍMICO ocorre quando estratos geológicos são expostos a águas correntes com compostos que reagem com os componentes minerais das rochas e alteram significativamente sua constituição. Esse fenômeno é o intemperismo químico, que provoca o acréscimo de hidrogênio (hidratação), oxigênio (oxigenação) ou carbono e oxigênio (carbonatação) em minerais que antes não continham nenhum desses elementos. Muitos minerais secundários formaram-se por esses processos. Este tipo de intemperismo é mais comum em climas tropicais úmidos.
INTEMPERISMO BIOLÓGICO é caracterizado por rochas que perdem alguns de seus nutrientes essenciais para organismos vivos e plantas que crescem em sua superfície. Plantas podem provocar o intemperismo mecânico quando suas raízes penetram, de forma profunda na rocha, provocando fendas.

INTEMPERISMO LÍRICO


Posso ouvir o vento passar
assistir a onda bater
e à água que cai
faz a rocha enfraquecer
eu pensei...
quando eu ver
a lágrima do céu
invadir uma fissura
Espero pela vida efêmera que temos
uma transformação acontecer
que seja vívida
límpida
química
ou até mais
Um século, mil anos
talvez... Nem sei
três vidas é demais
mundo novo
erosão leva e traz
Águas que movem moinhos
são as mesmas águas que encharcam o chão
e sempre voltam humildes pro fundo da terra
pro fundo da terra
quanto tempo passou
aparentemente nada mudou
temos a noção
de quebra, desagregação
a vida e à água (sinergia)
acelerando a ação
O tempo passa e modifica
temperatura e pressão
e aí,
mineral clama por perdão
Por RAVEL RODRIGUES

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Os maiores terremotos da História

Os terremotos são difíceis de serem previstos, quando acontecem em questão de segundos deixam um rasto de destruição derivando prejuízos financeiros e vítimas humanas. Anualmente ocorrem cerca de 300 mil tremores em todo planeta, muitos deles não são percebidos. Esse fenômeno ocorre em diferentes intensidades e intervalos de tempo. A seguir os maiores terremotos registrados ao longo da história em distintos lugares do planeta:
• No ano de 1755, no dia 1º de novembro ocorreu na capital de Portugal, Lisboa, às 09h20min da manhã um grande terremoto que vitimou fatalmente pelo menos 100 mil pessoas. Segundo documentos da época, esse tremor registrou algo próximo de 9 graus na escala Richter.
• No dia 19 de setembro de 1985, o México presenciou a fúria de um abalo que provocou a destruição do Distrito Federal e a morte de milhares de vidas.
• No dia 14 de fevereiro de 1556, na cidade chinesa Shaanxi, ocorreu um grande tremor, apesar da imprecisão dos dados esse ocupa o segundo lugar quanto ao número de mortes provocadas por fenômenos naturais, pois 800 mil pessoas perderam suas vidas.
• Ainda na China, no dia 28 de julho de 1976, na cidade Tangshan, às 03h42min, um tremor de 8,2 graus na escala Richter com duração de 14 segundos deixou a cidade em total destruição e aproximadamente 242 mil pessoas mortas.
• No Japão, no dia 17 de janeiro de 1995, a cidade de Hanshin sofreu um abalo que durou somente 20 segundos, mas que resultou em prejuízos de 100 bilhões de dólares e saldo de 6,5 mil mortos.
• No Chile, em uma cidade chamada de Valdivia, no dia 22 de maio de 1960, ocorreu um tremor que ficou conhecido como o Grande Terremoto, uma vez que foi o abalo de maior intensidade já registrado na história com 9,5 graus na escala Richter (em um escala de varia de 0 a 9), esse fenômeno gerou um grande tsunami que atingiu o litoral da América do Sul, Ilhas do Havaí a 10 quilômetros de distâncias.
• Em 1811, em 16 de dezembro na cidade Nova Madri, Estados Unidos, ocorreu o maior terremoto da história do país, com 8 graus na escala Richter. • Em Los Angeles (Estados Unidos) no ano de 1994, no dia 17 janeiro, a cidade presenciou a fúria de um tremor que aconteceu às 04h30min com 6,7 graus na escala Richter.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Geologia do Brasil

O Brasil está totalmente contido na Plataforma Sul-Americana, cujo embasamento de evolução geológica é muito complexo, remontando à era Arqueano. Teve a sua consolidação completada entre o período Proterozóico Superior e o início do período Paleozóico, com o encerramento no ciclo Brasiliano.


Escudos Cristalinos

Bacias Sedimentares O embasamento da Plataforma Sul-Americana acha-se essencialmente estruturado sobre rochas metamórficas de fácies anfibolito a granutlito e granitóides de idade arqueana, associado às unidades proterozóicas que são representadas por faixas de dobramentos normalmente de fácies xisto-verde e coberturas sedimentares e vulcânicas, pouco o nada metamorfizadas e diversos granitóides.
Esse embasamento acha-se extensamente exposto em grandes escudos, separados entre si por coberturas fanerozóicas, cujos limites se estendem aos países vizinhos. Destacam-se os escudos das Guianas, Brasil Central e Atlântico.
O escudo das Guianas compreende o norte da bacia do Amazonas. O escudo do Brasil-Central, ou Guaporé, estende-se pelo interior do Brasil e sul dessa bacia, enquanto o escudo Atlântico expõe-se na porção oriental atingindo a borda atlântica. Esses escudos estão expostos em mais de 50% da área do Brasil.
Sobre essa plataforma desenvolveram-se no Brasil, em condições estáveis de ortoplataforma, a partir do Ordoviciano-Siluriano, as coberturas sedimentares e vulcânicas que preencheram espacialmente três estensas bacias com caráter de sinéclise: Amazonas, Paraíba e Paraná. Além dessas bacias, diversas outras bacias menores, inclusive bacias costeiras e outras áreas de sedimentação ocorrem expostas sobre a plataforma. Geomorfologia O relevo do Brasil, de acordo com a classificação de Aziz Ab'Saber, é dividido em duas grandes áreas de planalto e três de planície, a saber:
Planalto das Guianas, abrangendo a região serrana e o Planalto Norte Amazônico. Localizado no extremo norte do país, é parte integrante do escudo das Guianas, apresentando rochas cristalinas do período Pré-Cambriano. É nessa área que se situa o pico culminante do Brasil - Pico da Neblina, com altitude de 3.014 m.
Planalto Brasileiro, subdividido em Central, Maranhão-Piauí, Nordestino, serras e planalto do Leste e Sudeste, Meridional e Uruguaio-Riograndense, é formado por terrenos cristalinos bastante desgastados e por bolsões sedimentares. Localiza-se na parte central do país, estendendo-se por grandes áreas do território nacional.
Planícies e terras baixas amazônicas. Localizadas na Região Norte do país, logo abaixo do Planalto das Guianas, apresenta três níveis altimétricos distintos - várzeas, constituídas por terrenos de formação recente situadas próximo às margens dos rios; teços ou terraços fluviais, com altitudes máximas de 30 m e periodicamente inundados; e baixos-planaltos ou platôs, formados por terrenos de Terciário.
Planície do Pantanal, localizada na porção oeste do estado do Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso, é formada por terrenos do Quartenário.
Planícies e terras baixas costeiras, acompanhando a costa brasileira do Maranhão ao sul do país, é formada por terrenos do Terciário e por terrenos atuais do Quartenário. Deve-se ressaltar que o relevo brasileiro não apresenta formação de cadeias montanhosas muito elevadas, predominando altitudes inferiores a 500 m, uma vez que o mesmo se desenvolveu sobre uma base geológica antiga, sem movimentações tectônicas recentes.

Bacias Sedimentares

As rochas sedimentares são derivadas de restos e detritos de outras rochas pré-existentes. O intemperismo faz com que as rochas Magmáticas, Metamórficas ou Sedimentares estejam constantemente sendo alteradas. O material resultante é transportado pela água, vento ou gelo e finalmente depositado como um sedimento. Deve haver então, uma compactação ou cimentação do material para ele se transformar em uma rocha sedimentar.
O Brasil possui 6.430.000 km2 de bacias sedimentares, dos quais 4.880.000 km2 em terra e 1.550.000 km2 em plataforma continental. No entanto, para a formação de petróleo é necessário que as bacias tenham sido formadas em condições muito específicas. Normalmente, são áreas em que sucessões espessas de sedimentos marinhos foram soterrados à grandes profundidades.
A maioria dos hidrocarbonetos explorados no mundo inteiro provêm de rochas sedimentares. Em termos de idade, praticamente 60% provêm de sedimentos cenozóicos, pouco mais de 25% de depósitos mesozóicos e cerca de 15% de sedimentos paleozóicos. No Brasil, a maior parte da produção está ligada a sedimentos mesozóicos. Na figura abaixo, podemos observar as diferentes bacias do Brasil, separadas de acordo com a sua era geológica de origem.
Existem dois tipos de bacias petrolíferas: Onshore - Ocorre quando a bacia encontram-se em terra. São originadas de antigas bacias sedimentares marinhas; Offshore - Ocorre quando a bacia está na plataforma continental ou ao longo da margem continental.
A maioria das bacias petrolíferas brasileiras encontram-se offshore. A exploração de petróleo onshore é muito reduzida no Brasil, devido ao baixo potencial de nossas bacias em terra.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA TERRA

Desde que o curso de História Natural foi extinto, em 1970, seus conteúdos em Geociências passaram a ser ministrados apenas nos cursos de Geologia, que foram criados em 1963 visando à formação de profissionais para o mapeamento geológico básico e para a busca dos recursos minerais tão necessários. O ensino das Geociências, por sua vez, não era preocupação destes cursos, ao mesmo tempo em que a educação no Brasil não se preocupou em manter os conteúdos em Geociências na formação dos professores
de Ciências. O resultado foi tanto a falta de noções básicas do funcionamento do planeta por parte da população que estudou nas últimas décadas, justamente quando houve os grandes progressos nas Ciências da Terra, como também a falta de reconhecimento de sua importância na cultura geral, até mesmo por parte dos especialistas em ensino. Daí veio a idéia simplificada verificada em geral de que ecologia refere-se à vida, e não à natureza completa, ou seja, vida e ambiente físico que a gerou, modificou, foi modificado
por ela e continua sustentando-a. Por outro lado, os graves problemas sócio-ambientais originados pela atuação desastrada da sociedade nas suas atividades de ocupação e utilização do meio físico e dos
materiais naturais começam a ser detectados, avaliados e divulgados, despertando naturalmente o interesse da população por temas geocientíficos. Daí o aumento desse tipo de tema em revistas, jornais, emissões de TV nacionais ou estrangeiras, além do aumento das visitas a parques e museus com temática ecológica e particularmente geológica.
O que ocorre de concreto no ensino, com a falta de ocasião para desenvolvimento integral das Geociências (origem e evolução da Terra, formação de seus materiais e de seus ambientes, condições de provável origem da vida, registro sedimentar da história geológica da vida e dos processos de interferência dos processos biológicos no planeta e dos processos geológicos na evolução da vida, condições de concentração dos recursos naturais – minerais, hídricos e energéticos e sua possibilidade de renovação, condições sustentáveis de utilização dos recursos etc.) é que os alunos são privados do conhecimento necessário para adquirir a visão de funcionamento global e interdependente da natureza, correndo o risco de desenvolverem, ao contrário do ideal, uma visão imediatista e utilitária da natureza, enquanto meio físico que proporciona soluções às necessidades modernas humanas de materiais e energia, e que também proporciona problemas de degradação, que não são compreendidos como respostas naturais às ações de interferência nos ciclos naturais.
Esta fragmentação da Geologia e das Geociências em tópicos eventualmente tratados em determinados momentos do desenvolvimento das disciplinas mencionadas não contribui para a formação de uma noção do ciclo global da natureza, da cadeia de causas e conseqüências na sucessão de eventos naturais, e da formação conseqüente de espírito crítico competente para avaliar riscos e benefício da atividade humana, cotidianamente agredindo a natureza, impedindo o curso natural da dinâmica geológica/geoquímica com os resultados de degradação ambiental conhecidos em grande parte e para julgar como deve ser a ocupação e o uso do planeta e seus materiais, o que, em verdade, está determinando o futuro da vida na Terra (Wilson, 2002; Mackenzie, 1998; Weiner, 1992; Campos, 1997; Craig et al., 1996; Chassot e Campos, 2000).
Coloca-se a questão: Como pode um cidadão ser crítico, interpretar, fazer julgamentos, atuar na sociedade (que basicamente ocupa o ambiente e usa seus materiais e fenômenos), encontrando-se privado de conhecimentos sobre o funcionamento e a organização, a gênese e a evolução do planeta e de
seus ambientes e materiais, sobre as interações físicas, químicas e bioquímicas das interferências humanas na natureza? A resposta é: não pode. O tratamento ao estudo do ambiente dado no ensino atual no Brasil (ambiente no sentido amplo: planeta Terra e sua superfície, ocupada pela sociedade)
não é suficiente para formar nos educandos nem a compreensão da Terra como um sistema, nem a sensibilidade necessária para enfrentar os desafios impostos pela degradação ambiental já verificada e para contribuir para o desenvolvimento sustentável, o que pressupõe mudança de comportamento.

Arrtigo da Prof Drª Maria Cristina Motta de Toledo
Fonte: http://geologiausp.igc.usp.br//downloads/geoindex650.pdf

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Estudo traça nova teoria sobre formação da cordilheira dos Andes

Um estudo divulgado nesta sexta-feira pela revista “Science”, e que consta em sua nova edição, coloca uma nova teoria, formulada por geólogos da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, para a formação da cordilheira dos Andes, que se estende do sul do Chile até a Venezuela: para a equipe, a cadeia montanhosa nasceu de forma abrupta entre dez e seis milhões de anos atrás. A explicação oferecida indica que, no caso andino, a raiz de uma montanha se desprendeu e caiu no candente manto do interior do planeta. Livre desse peso, a montanha se ergueu, e nos Andes o levantamento foi de cerca de quatro mil metros em menos de quatro milhões de anos. Para chegar a essa conclusão, os geólogos determinaram a alteração da composição química de uma cadeia montanhosa devido às precipitações pluviais e de neve. Procedendo à análise das conchas sedimentarias dos Andes, o grupo cientista pôde determinar quando e a que altura esses sedimentos foram depositados. O registro das mudanças de altitude mostrou, então que os Andes se elevaram de maneira progressiva durante dezenas de milhões de anos e depois, repentinamente, o maciço montanhoso sofreu um brusco salto geológico entre seis e dez milhões de anos atrás. Essa idéia se opõe à à teoria que diz que a Cordilheira dos Andes nasceu de forma progressiva e ao longo de milhões de anos – há 40 milhões, segundo alguns. A nova teoria será confirmada pelo professor Gregory Hoke, também de Rochester, em um relatório que será publicado este mês na revista "Earth and Planetary Science Letters".

Fonte: www.geologo.com.br/geologia.asp

Por que são poucos e normalmente pequenos os tremores de terra no Brasil

A teoria da Tectônica de Placas ensina que as regiões onde acontecem mais terremotos correspondem as bordas ou limites das placas e, no interior das mesmas, a sismicidade é relativamente mais branda, porque o acúmulo de esforços, que acaba produzindo o terremoto ocorre de forma mais lenta. Neste contexto, o Brasil teve a “sorte” de situar-se praticamente no interior da Placa Sul-Americana, distante de seus bordes leste e oeste, respectivamente representados pela Cadeia Meso-Atlântica e a zona de subducção da faixa andina.
Comparativamente, o Acre é o estado que apresenta o maior nível de atividade, tanto em número quanto no tamanho dos sismos, mas sua origem é distinta da sismicidade do restante do país. Para explicar este fato é preciso considerar que, o movimento relativo entre a Placa de Nazca, que mergulha por debaixo da Placa Sul-Americana, produz constantes terremotos cujos focos vão se aprofundando da costa do Pacífico, em direção ao interior do continente (veja o texto sobre Tectônica de Placas). Na área correspondente ao limite entre o Perú e o estado do Acre, os terremotos acontecem a grandes profundidades e, mesmo os de maiores magnitudes, têm seus efeitos na superfície do terreno.
A grande parte dos sismos brasileiros é de pequena magnitude ( 4.5). Comumente eles ocorrem a baixa profundidade ( 30 km) e, por isso, são sentidos até poucos quilômetros do epicentro. Este é, quase sempre, o padrão de sismicidade esperado para regiões de interior de placas. No entanto, a história tem mostrado que, mesmo nestas “regiões tranquilas”, podem acontecer grandes terremotos. O leste dos Estados Unidos, com nível de atividade sísmica equivalente a do Brasil, foi surpreendido, no século passado, pela ocorrência de super-terremotos com magnitudes em torno de 8.0.
É preciso investigar regiões intra-placas com maior detalhe em nível global. Pouco se sabe, ainda, sobre o estado de esforços nestas áreas. Considerando que nelas, são mais longos os períodos de recorrência de grandes terremotos, as regiões intra-placas se tornam, também, áreas potencialmente perigosas para sismos catastróficos.

Fonte: http://paginas.terra.com.br/educacao/br_recursosminerais/

Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani - PSAG

O Aqüífero Guarani é uma das maiores reservas subterrâneas de água doce do mundo. Possui um volume acumulado de 45.000 km3 (considerando uma espessura média aqüífera de 250m e porosidade efetiva de 15%) e extensão da ordem de 1,2 milhões de Km2, sendo 840.000 km2 (70%) no Brasil, 225.500 Km2 na Argentina, 71.700 Km2 no Paraguai e 58.500 Km2 no Uruguai. Na parte brasileira estende-se à oito estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Possui mais de 500 cidades bastecidas, total ou parcialmente, com suas águas. As águas são de excelente qualidade para consumo doméstico, industrial e irrigação e, em função das temperaturas serem superiores a 30ºC em todo o domínio confinado, são muito utilizadas para o desenvolvimento de balneários e até mesmo na agroindústria (despelamento de frango). Segundo Rebouças (1999) sobre cerca de 70% da área de ocorrência há possibilidade de os poços serem jorrantes. A utilização do aqüífero se dá de forma desordenada, sem controle, em sua maior parte, o desperdício é flagrante. Faz-se necessário medidas tanto no plano nacional como no internacional(veja o mapa do Aqüifero). O objetivo do processo iniciado através do projeto é permitir a gestão e o uso sustentável do Sistema Aqüífero Guarani (SAG). O propósito do projeto é apoiar os quatro países na elaboração -de forma conjunta- e implementação de um marco comum institucional, legal e técnico para diligenciar e preservar o SAG para as gerações atuais e futuras.
O projeto estrutura-se em sete componentes:
Expansão e consolidação da base atual do conhecimento científico e técnico sobre o SAG.
Desenvolvimento e instrumentação conjunta de um marco de gestão para o SAG baseado em um programa estratégico de ação ajustado pelas partes.
Promoção da participação pública e dos agentes interessados, da comunicação social e da educação ambiental.
Avaliação e acompanhamento do projeto e divulgação dos resultados.
Tomada de previdências para a gestão das águas subterrâneas e para a mitigação de prejuízos, conforme as características da região, em áreas críticas (“hot spots”).
Consideração do potencial para a utilização da energia geotérmica “limpa” do SAG.
Coordenação e gestão do Projeto. Para maiores detalhes clique aqui
Durante o desenvolvimento do Projeto, em função da contrapartida do governo brasileiro, a CPRM participou fornecendo o seu investimento realizado na execução de projetos, no período de 2003 a 2006, na área de abrangência do PSAG. Além disso a CPRM tem participado de diversas reuniões do Aqüífero, colaborando para a padronização e qualificação dos dados a serem levantados e a sua disponibilização no Sistema de Informações do Sistema Aqüífero Guarani (SISAG), o qual estará totalmente sincronizado com o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). O SIAGAS, desenvolvido pela CPRM, e hoje adotado como sistema de informações de recursos hídricos subterrâneos padrão pela maioria dos estados brasileiros, já traduzido para o espanhol (devido a sua adoção como padrão também em Cuba), esta integrado ao Sistema Nacional sobre Recursos Hídricos, um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos. O PSAG, iniciativa do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com o apoio de recursos de doação do Fundo para o Meio Ambiente Mundial, abriu o chamado para "CONSULTORIA EM SERVIÇOS DE TRANSFORMAÇÃO – ATUALIZAÇÃO E SINCRONIZAÇÃO ENTRE O SISAG E O SIAGAS". Atendendo a uma solicitação da Secretaria Geral do Projeto, a CPRM esta colaborando na divulgação do referido chamado, que tem encerramento previsto para o dia 19 de março de 2008.

Fonte: http://www.cprm.gov.br/

terça-feira, 10 de junho de 2008

O que é geologia

Geologia é a ciência natural que, através das ciências exatas e básicas (Matemática, Física e Química) e de todas as suas ferramentas, investiga o meio natural do planeta, interagindo inclusive com a Biologia em vários aspectos. Geologia e Biologia são as ciências naturais que permitem conhecer o nosso habitat e, por conseqüência, agir de modo responsável nas atividades humanas de ocupar, utilizar e controlar os materiais e os fenômenos naturais.Embora tenha permanecido distante dos conhecimentos gerais da população no Brasil, a Geologia tem um papel marcante e decisivo na qualidade da ocupação e aproveitamento dos recursos naturais, que compreendem desde os solos onde se planta e se constrói, até os recursos energéticos e matérias primas industriais. O desconhecimento quantitativo e qualitativo da dinâmica terrestre tem resultado em prejuízos muitas vezes irreparáveis para a Natureza em geral e para a espécie humana em particular.Hoje, já se sabe muito mais sobre o funcionamento do Planeta do que 30 anos atrás. Este progresso no conhecimento deve ser divulgado e assimilado, sendo a compreensão do ciclo natural terrestre fundamental para a valorização das relações entre o ser humano e a Natureza e para a adoção de uma postura mais crítica e mais consciente frente aos mecanismos de desenvolvimento da sociedade.Podemos definir Geologia como a ciência cujo objeto de estudo é a Terra: sua origem, seus materiais, suas transformações e sua história. Estas transformações produzem materiais ou fenômenos naturais com influência direta ou indireta em nossas vidas. É preciso saber aproveitar adequadamente as características da Natureza, bem como prever e conviver com os fenômenos catastróficos que são sinais da dinâmica do planeta.
Os objetivos da geologia podem ser sintetizados desta forma:
estudo das características do interior e da superfície da Terra, em várias escalas; compreensão dos processos físicos, químicos e físico-químicos que levaram o planeta a ser tal como o observamos; definição da maneira adequada (não destrutiva) de utilizar os materiais e fenômenos geológicos como fonte de matéria prima e energia para melhoria da qualidade de vida da sociedade; resolução de problemas ambientas causados anteriormente e estabelecimento de critérios para evitar danos futuros ao meio ambiente, nas várias atividades humanas; valorização da relação entre o ser humano e a Natureza.